Republic P-47 Thunderbolt Sentando a Pua! - A aviação militar brasileira na Segunda Guerra


P-47 na Europa

Parte IV: Táticas e missões

Thunderbolt estratégico

O P-47, apesar de ter sido uma aeoronave de combate avançada para sua época, apresentava um problema comum a todos os caças projetados antes da Segunda Guerra; pouca autonomia. É fácil compreender isso, uma vez que o papel estratégico dos bombardeiros pesados ainda não havia sido consolidado na cabeça dos estrategistas e, não faziam idéia que a defesa contra caças inimigos era uma tarefa indigesta mesmo para um bombardeiro extremamente bem armado como o Boeing B-17.

Em 1943, as duas principais força aéreas aliadas, RAF e USAAF, haviam dividido a tarefa de bombardear instalações militares e principalmente industriais na Alemanha e território ocupado. A RAF se encarregava dos bombardeios noturnos enquanto a USAAF ficava com os diurnos. Sem cobertura de caças por todo o percurso, os bombardeiros americanos eram alvo fácil para as esquadrilhas de Bf-109 e Fw-190 infligindo perdas de até 25% aos grupos de bombardeiros. O P-47 se credenciava ao papel de protetor dos bombardeiros.

Outras Partes do
P-47 no Europa

Primeiras tentativas

As primeiras missões de escolta começaram entre março e maio de 1943 - a imprecisão se deve a divergências entre as fontes, mas, provavelmente devem ter se iniciado em fins de abril. Os pilotos logo descobriram que para que o Thunderbolt fosse eficiente na proteção aos bombardeiros, precisavam evitar os combates aproximados com os Bf 109 e Fw 190, mais ágeis que o Jug, e, de preferência, em grandes altitudes onde seu motor com turbo superalimentador falava mais alto.

Normalmente, as formações de Thunderbolts se posicionavam acima das esquadrilhas de bombardeiros mas também podiam adotar formação a frente e nos lados, caso fosse esperada maior resistência.

Apesar da eficiência na proteção às esquadrilhas de bombardeiros e dos tanques extras, os P-47 continuavam carecendo de autonomia para acompanhar as missões sobre qualquer parte da Alemanha.

Aprimorando a técnica

O aumento da autonomia de qualquer aeronave depende não só de quanto combustível pode carregar mas também de quanto ela consome. Significa dizer que se o avião não estiver bem configurado e pilotado, seu consumo tende a se elevar. Durante os primeiros meses de combate, os pilotos e o alto comando da USAAF perceberam que os manuais e recomendações técnicas da Republic Aviation careciam de uma certa dose de realidade e resolveram experimentar seus próprios ajustes na pressão dos dutos e aprimorando a técnica em vôo com rpm baixo. A melhora na autonomia acabou aparecendo.


O novo papel

Por volta do terceiro trimestre de 1943, os P-47 desempenhavam dois tipos de missão: caça-bombardeiro e escolta. Foi quando surgiu a idéia proposta pelos comandantes dos grupos 56th e 353rd, Hub Zemke e Mac McCollom respectivamente, para aproveitar o ótimo desempenho do Thunderbolt em mergulho para desempenhar a função de bombardeio picado.

A técnica usada seria de vôos entre 5.500 e 6.100 m (18.000 e 20.000 pés) com um mergulho de 1.524 m (5.000 pés) sobre o alvo quando o piloto chamaria o avião e então largaria as bombas. As três primeiras tentativas se mostraram desapontadoras mas a medida que a técnica foi sendo adaptada o resultado foi aparecendo.

Em fins de 1943 , com o advento dos novos caças de longo alcance P-51 Mustang desempenhando o papel de escolta a bombardeiros sobre quase todo o território europeu ocupado, o P-47 pode ser direcionado quase exclusivamente para função de apoio cerrado se tornando o principal caça tático aliado, papel no qual tornaria famoso seu poder de fogo e resistência.

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